sábado, 2 de junho de 2012

Texto sobre a crise do Sistema Feudal- Turma 701

Organização política feudal A sociedade feudal estrutura-se em relações de dependência pessoal, ou vassalagem, que abrangem desde o rei até o camponês. O vassalo oferece ao senhor, ou suserano, fidelidade e trabalho, em troca de proteção e um lugar no sistema de produção. O senhor feudal também é vassalo de outro senhor, e assim sucessivamente, até chegar ao rei, que é o suserano maior. Cada escala de vassalagem paga algum tipo de serviço ao seu suserano e ao rei. Sociedade feudal Os senhores feudais formam a nobreza rural. Vivem em castelos, por questões de segurança, e possuem jurisdição sobre os servos e camponeses livres. A Igreja transforma-se em grande proprietária feudal e os membros do alto clero recebem domínios feudais, tornando-se ao mesmo tempo suseranos e vassalos. Economia feudal O feudo constitui a unidade territorial da economia feudal e caracteriza-se pela autarquia e pela ausência quase total do comércio e de intercâmbios monetários. As cidades deixam de ser centros econômicos. Os feudos pertencentes ao patrimônio real são cedidos em usufruto a membros da nobreza e do clero. Os ofícios e o artesanato passam a realizar-se nos próprios castelos. Feudalismo O Feudalismo foi um modo de organização social e político baseado nas relações servo contratuais (servis). Tem suas origens na decadência do Império Romano. Predominou na Europa durante a Idade Média. A sociedade feudal era composta por duas classes sociais básicas: senhores e servos. A estrutura social praticamente não permitia mobilidade, sendo portanto que a condição de um indivíduo era determinada pelo nascimento, ou seja, quem nasce servo será sempre servo. Utilizando os conceitos predominantes hoje, podemos dizer que, o trabalho, o esforço, a competência e etc, eram características que não podiam alterar a condição social de um homem. O senhor era o proprietário dos meios de produção, enquanto os servos representavam a grande massa de camponeses que produziam a riqueza social. Feudalismo e sua Crise Os senhores feudais conseguiam as terras porque o rei dava-as para eles. Eles eram a autoridade absoluta sendo administrador, juiz e chefe militar. Os camponeses cuidavam da agropecuária dos feudos e em troca recebiam o direito à um pedaço de terra para morar e também estavam protegidos dos bárbaros. Quando os servos iam para o manso senhorial, atravessando a ponte, tinham que pagar um pedágio, exceto quando iam cuidar das terras do Senhor Feudal. Esse sistema se caracteriza pela exploração do trabalho servil, responsável por toda a produção. O servo não é considerado um escravo, porém não é um trabalhados livre. O que determina a condição servil é seu vínculo com a terra, ou seja, o servo está preso a terra. Ao receber um lote de terra para viver e trabalhar, e ao receber (teoricamente) proteção, o servo esta forçado a trabalhar sempre para o mesmo senhor feudal, não podendo abandonar a terra. No mundo feudal não existiu uma estrutura de poder centralizada. Não existe a noção de Estado ou mesmo de nação. Portanto consideramos o poder como localizado, ou seja, existente em cada feudo. É importante visualizar a figura do rei que durante este período não mais exercia seu poder soberano. O feudo era a unidade produtiva básica. Imaginar o feudo é algo complexo, pois ele podia apresentar muitas variações, desde vastas regiões onde encontramos vilas e cidades em seu interior, como grandes “fazendas” ou mesmo pequenas porções de terra. Para tentarmos perceber o desenvolvimento socioeconômico do período, o melhor é imaginarmos o feudo como uma grande propriedade rural. Crise do Feudalismo O feudalismo foi um sistema político, econômico e social que predominou durante toda a Idade Média. Mas, já no final da Idade Média, o uso da terra, fundamental para o povo naquele período, foi perdendo a força. Os campos foram abandonados e o comércio nascia fortalecido. Depois de longos anos de devastação e desordem, começava certa estabilidade econômica. O castelo, centro das atividades econômicas, ia perdendo sua importância. O progresso do comércio artesanal, as feiras medievais, a cidade burguesa incompatível com o feudo ofereciam chances de lucro e atrativos do comércio. A partir do século XII, ocorreram várias transformações na Europa que contribuíram para a crise do sistema feudal: O renascimento comercial impulsionado, principalmente, pelas Cruzadas; O aumento da circulação das moedas, principalmente nas cidades. Este fator desarticulou o sistema de trocas de mercadorias, característica principal do feudalismo; Desenvolvimento dos centros urbanos, provocando o êxodo rural (saída de pessoas da zona rural em direção às cidades). Muitos servos passaram a comprar sua liberdade ou fugir, atraídos por oportunidades de trabalho nos centros urbanos; As Cruzadas proporcionaram a volta do contato da Europa com o Oriente, quebrando o isolamento do sistema feudal; O surgimento da burguesia, nova classe social que dominava o comércio e que possuía alto poder econômico. Esta classe social foi, aos poucos, tirando o poder dos senhores feudais; Com o aumento dos impostos, proporcionados pelo desenvolvimento comercial, os reis passaram a contratar exércitos profissionais. Este fato desarticulou o sistema de vassalagem, típico do feudalismo. No final do século XV, o feudalismo encontrava-se desarticulado e enfraquecido. Os senhores feudais perderam poder econômico e político. Começava a surgir as bases de um novo sistema, o capitalismo.

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