quarta-feira, 12 de junho de 2013

ACULTURAÇÃO

Colégio Estadual Geraque Collet História- 1001 A aculturação refere-se ao encontro de duas culturas diferentes e, segundo afirmações mais tradicionais, a sobreposição de uma cultura sobre a outra. Historicamente, a aculturação moderna tornou-se evidente a partir da colonização nas Américas, África e Oceania. Antes do período das grandes navegações mercantilistas e da colonização dessas regiões por nações europeias, a própria Europa sofreu aculturação, por exemplo, no período em que parte de seu continente esteve nas mãos dos povos árabes. No conceito geral, define-se a aculturação como um processo de imposição cultural que, no Brasil colonial, ocorreu pela catequização dos índios, negros escravos e por meio de referências “civilizatórias” trazidas por portugueses, franceses e ingleses. Nos tempos atuais, a aculturação é percebida como resultado de um processo de intercâmbio cultura em que duas culturas absorvem mutuamente suas características e costumes gerando uma nova referência. Essa nova referência ou nova cultura apresenta traços da cultura inicial e da cultura absorvida. A cultura brasileira é formada por traços portugueses, africanos e indígenas; formação ocorrida no decorrer de nossa história pela colonização e pelo processo de imigração. A globalização e a interatividade das mídias permitem um processo de aculturação e nivelamento das culturas pela proximidade das sociedades, das trocas e da rapidez dos veículos de comunicação que distribuem diversas referências, comportamentos e signos culturais em diferentes países. Acredita-se que a aculturação, sendo um processo moderno de expansão, não consegue destruir por completo a identidade social e local de um povo. Hoje, a aculturação é considerada proveniente de um processo não violento, mas proveniente de uma necessidade de informação e busca de aspectos culturais por parte de vários povos. Trata-se de um processo de aquisição que ocorre por meio de vários grupos de culturas diversas, permitindo que indivíduos de uma cultura aprendam o comportamento o as tradições de indivíduos de outra cultura. É errado pensar que uma cultura desapareça por completo após sofrer influências de outra cultura, a cultura morre junto com o seu povo e, muitas vezes, se fortalece quando mescla sua cultura com a de outros povos. Devemos considerar que, mesmo nos tempos feudais e mercantis, nenhum povo conseguia viver constantemente isolado e que a cultura é um processo dinâmico em constante formação e expansão. A cultura não é estática ou mórbida, seja por fatores históricos, humanos e até mesmo bélico, ela é capaz de perder, reaver ou absorver novas referências durante o processo de consolidação ou reorganização de uma sociedade. A aculturação não significa a morte dos signos e comportamentos culturais de um povo, mas um processo proveniente de causas impostas ou antropologicamente naturais.

segunda-feira, 27 de maio de 2013

Material de apoio para o professor

HISTÓRIA 6º ano − Ensino Fundamental 1 Foco Estamos apresentando para você as Orientações Pedagógicas referentes ao 2° Bimestre do 6° ano do Ensino Fundamental. Nelas estão sendo propostas atividades para serem realizadas em sala de aula com seus alunos. O nosso objetivo é facilitar o seu dia a dia. Por isso, estas orientações foram pensadas em um número de aulas para o desenvolvimento do conteúdo e, também, para as atividades e avaliações. Entendemos que estas sugestões formam um canal de diálogo entre a Equipe de História e você, professor, que dará o retorno com sugestões novas e de alterações, acréscimos ou supressões. Partilhamos da ideia de que o ensino é uma constante elaboração. Ele é dinâmico e que toda troca permite uma melhoria de trabalho, o que nada mais é que do que o entendimento do ensino- aprendizagem como processo. Neste 2° bimestre do 6° ano, o Currículo Mínimo estabeleceu como proposta a abordagem de um conteúdo, As Civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia. Esse conteúdo tem uma relevância ímpar para as sociedades atuais, visto que foram as primeiras sociedades em que os homens criaram regras de convívio, sistema de escrita, organização política com influência religiosa, o trabalho como definidor de posição social, bem como, a produção de excedente que possibilitaria as primeiras formas de comércio. Se esses fatores não bastassem, devemos ressaltar a importância do Oriente Médio (Mesopotâmia) e da África (Egito) para a formação das sociedades ocidentais contemporâneas, permitindo ao aluno uma visão mais ampla dessas regiões. Principalmente quanto ao Oriente Médio, este estudo permite visualizar essa região e sociedade com suas riquezas culturais e materiais, e não somente como local de radicalismo religioso ou terrorismo, mostrando os prejuízos irreparáveis para a História das constantes guerras nesse território. No que tange ao estudo da África, através do Egito, podemos permitir aos nossos alunos uma visão crítica do continente, berço da humanidade, apresentando-os a sua História anterior à chegada dos europeus: seus reinos, culturas, religiões; riquíssima em possibilidades e ainda tão pouco estudada. Tema 1 Civilizações da antiguidade: Egito e Mesopotâmia • Compreender o conceito de civilização; • Entender a importância dos recursos naturais na formação das sociedades; • Analisar as semelhanças e diferenças entre as aldeias e as primeiras cidades, em termos tecnológicos, culturais e estruturais; • Contextualizar a relação entre política e religião na formação das primeiras cidades e dos impérios teocráticos; • Compreender os conceitos e noções de politeísmo e escravidão. O professor poderá separar a turma em pequenos grupos e cada um deles seria responsável por desenhar e pesquisar sobre um deus egípcio ou pode elaborar com a turma um jogo da memória (feito com cartolina, hidrocor e lápis de cor) com os deuses egípcios. Com essa atividade, o aluno, além de desenvolver sua criatividade através dos desenhos, terá que pesquisar sobre os deuses egípcios, conhecendo de modo empírico o processo de construção do conhecimento histórico, bem como a importância da religião para essas civilizações; Conexões com Habilidades e Competências Sugestões de atividades 2º Bimestre Apresentação 2 6º ano − Ensino Fundamental HISTÓRIA • O professor poderá trabalhar com a escrita cuneiforme através da “tradução” para o português -associando cada símbolo a uma letra do alfabeto- ou poderá trabalhar, também, a escrita cuneiforme através da elaboração de uma “placa suméria” (feita com argila e caneta). Através dessas atividades lúdicas, o aluno perceberá a importância da escrita para o desenvolvimento das cidades, comparando-as com as primeiras aldeias, como também permitirá ao aluno compreender como o conhecimento pode ser uma forma de poder; • O professor poderá fazer, com a turma, uma maquete do Egito Antigo. Esta atividade, além de dar forma concreta ao processo de ensino-aprendizagem, pois o aluno terá que transformar seu conhecimento em algo palpável, possibilitará ao professor discutir a importância dos recursos naturais para a formação das sociedades; • Os alunos podem elaborar uma história em quadrinhos sobre a vida no Egito antigo. Esta atividade pode ser usada como atividade- síntese do conteúdo, pois o aluno deverá ter um domínio do conteúdo, bem como das habilidades e competências para a elaboração de uma história em quadrinhos com alguma verossimilhança com o período estudado. Audiovisual: O PRÍNCIPE DO EGITO. Direção de Brenda Chapman, Simon Wells, Steve Hickner. Estados Unidos, 1998. (98 min). Desenho animado que mostra a história bíblica de Maomé liderando o povo hebreu na fuga do Egito. A TV escola apresenta o Egito antigo em duas partes: na primeira http://www.youtube.com/wat ch?v=SgxE4TUrPx4&feature=related faz um panorama geral da citada civilização antiga e, na segunda parte, mostra as principais curiosidades sobre o Egito antigo. Ambos com aproximadamente 11 minutos. Indicamos também o trabalho produzido pela TV Escola sobre a civilização mesopotâmica. Dividida em duas partes: Na primeira parte, http://www.youtube.com/watch?v=PJvsAI-5J0k, encontramos a origem e história da civilização até a “Idade do Ferro”, com aproximadamente 11 min. Na segunda parte, http://www.youtube.com/watch?v=p9WXqKdoTDE&feature=endscreen&NR=1, o programa prioriza as questões sócio- culturais, como a escrita cuneiforme, o Código de Hamurábi, os Jardins Suspensos, os Zigurates etc., com aproximadamente 11 min. Livros paradidáticos: • ÉVANO, Brigitte. Contos e lendas do Egito Antigo. São Paulo: Companhia das letras, 1998. 160p. • O livro é composto por 09 contos e/ou lendas do Egito Antigo, voltados para o público infantojuvenil. São contos pequenos com linguagem apropriada para o público adolescente. • MORLEY, Jacqueline. Como seria sua vida no Antigo Egito? São Paulo: Scipione, 2009. 48p. • Literatura infanto-juvenil cujo objetivo é transportar o aluno para o Egito antigo com seus costumes, crenças, poder, economia e relações sociais. Possui uma rica e bem elaborada parte iconográfica, com curiosidades recorrentes sobre o Egito Antigo. Documentos textuais: PINSKY, Jaime. 100 textos da História Antiga. São Paulo: Contexto, 2006. Esta coletânea reuniu 100 fontes primárias referentes à História Antiga. Entre inúmeros textos, destacamos Escravidão no Código de Hamurábi, páginas 09 e 10, onde encontramos a citação nas leis mesopotâmicas à Escravidão. Ainda trabalhando com o Código de Hamurábi, nas páginas 15 e 16, o texto remete à questão da justiça social e no que tange às relações familiares, encontramos, nas páginas 105 e 106, alusão ao divórcio e na página 07, ao adultério. Sobre a propriedade, ressaltamos a parte que menciona a propriedade privada, nas páginas 139 e 140 e ainda uma outra sobre os atentados contra a propriedade nas páginas 141 e 142. Com relação ao Egito, encontramos inúmeros hinos, cultos antigos, como o Hino a Aton, na página 56-59. Material de apoio 3 HISTÓRIA 6º ano − Ensino Fundamental Sites: • www.misteriosantigos.com/pagina13.htm Este site permite o acesso a vários textos e curiosidades sobre o Egito Antigo. • BOULOS JUNIOR, Alfredo. História: Sociedade e Cidadania. . São Paulo: FTD, 2009. p.90-125. 6° ano. • BRAICK. Patrícia Ramos e MOTA, Myriam Becho. História- das cavernas ao terceiro milênio: São Paulo: Moderna, 2006. p.82-91. • CONTRIM, Gilberto e RODRIGUES, Jaime. Saber e fazer História: Primeiras sociedades, Antiguidade e Idade Média. São Paulo: Saraiva, 2009.p. 56-89. 6º ano. • DOMINGUES, Joelza Ester. História em Documento: Imagem e Texto. São Paulo: FTD, 2009. p. 68-89. 6º ano. • DREGUER, Ricardo e TOLEDO, Eliete. Nova História: conceitos e procedimentos. São Paulo: Atual, 2009. p.57-71 e p.78-82. 6º ano. Língua portuguesa Habilidades e competências: Leitura – Relacionar o texto verbal ao não-verbal, como suporte para a compreensão textual. Produção Textual – Transformar pequenas narrativas em histórias em quadrinhos, fazendo uso de legendas, balões, onomatopeias e sinais gráficos. Ao trabalhar com as iconografias e escritas das civilizações antigas, o professor poderá ser auxiliado pelo docente de língua portuguesa com objetivo de incentivar o aluno a perceber as inúmeras possibilidades de interpretar as fontes quer sejam textos verbais ou não- verbais. No que tange à produção textual, as equipes de História e Língua Portuguesa poderão produzir uma história em quadrinhos sobre a civilização egípcia e/ou mesopotâmica. Ciências Foco: Qualidade ambiental e qualidade de vida: o componente cultural do ambiente. Ao estudar as civilizações antigas e a sua relação com o ambiente, o professor poderá analisar, em conjunto com a equipe de ciências, as relações do homem com o ambiente em que vive desde as primeiras civilizações, comparando com a atualidade, bem como poderá debater a dependência e o uso da água pelo homem ao longo da História. 1. Existem diferentes tipos de autoridades políticas e de formas de exercer o poder. Atualmente, muitos países são democráticos, ou seja, não punem seus habitantes porque eles expressam suas ideias, mesmo que sejam opiniões diferentes das opiniões dos seus dirigentes políticos. Mas nem sempre foi assim. No mundo antigo as relações de poder eram outras. No Egito Antigo, Conexão com livro PNLD Interdisciplinaridade Sugestão de avaliação 4 6º ano − Ensino Fundamental HISTÓRIA a. o estado era democrático – o representante político exercia o poder utilizando o diálogo. b. o estado era despótico- a autoridade política utilizava a força física para manter o poder. c. o estado era teocrático- o governante tinha poder político e religioso e havia a concentração de poder. d. o estado era liberal- o governante tinha seu poder limitado pelo conjunto de leis. Gabarito: Letra C. 2. A mulher; por sinal, vivia em situação confortável para a época. “Elas tinham direitos legais e, portanto, uma identidade própria”. Em caso de separação, por exemplo, era a mulher que ficava com tudo. A herança vinha também pelo lado feminino. Era frequente que o faraó se casasse com suas primas ou irmãs. Por esse motivo também, havia brigas e assassinatos na família que ficaram para a História, como o assassinato dos irmãos por Cleópatra [rainha do Egito que viveu entre 69 a. C. e 3 O a. C.] (...) Fonte: FERRONI, Marcelo. “O verdadeiro Egito: o mundo moderno, que só conhecia o povo das tumbas de faraós, agora descobre como ele valoriza a vida”. In: Galileu. São Paulo, Globo, ano 11, n° 118, maio/ 2001. p. 25-6. Compare, a partir do trecho anterior, a condição da mulher egípcia com a mulher do Brasil de hoje. Sugestão de gabarito: Nem todas as mulheres vivem hoje uma situação confortável perante a sociedade. Ainda persiste, sutilmente, uma visão machista que considera a mulher inferior, incapaz, e nem sempre conseguem ter uma “identidade própria”. Audiovisual A BBC produziu um belíssimo documentário sobre a História de Nefertiti, http://www.youtube. com/watch?v=dQHHFSeuhlU&feature=related (aproximadamente: 50 min). Sobre o Império faraônico egípcio, a History Channel apresentou um documentário interessante, http://www.youtube.com/watch?v=wxpmD2gjnW8&feature=related (aproximadamente 150 min). Livros de referências • CARDOSO, Ciro F. O Egito antigo. São Paulo: Brasiliense, 1996. ( Coleção: Tudo é História) • Livro facilmente encontrado em bibliotecas e livrarias, apresenta de forma sucinta e objetiva a civilização egípcia. • ______. Sociedade do Antigo Oriente Próximo. São Paulo: Ática, 1986. (Série Princípios). • O livro apresenta, no capítulo Palácios, templos e aldeias: o “modo de produção asiático” – página 05 a página 28, uma resumida discussão histórica e historiográfica sobre o conceito de modo de produção asiático. O capítulo seguinte A Baixa Mesopotâmia – da página 29 a página 53 – oferece uma sucinta análise da civilização mesopotâmica. E o último capítulo O Egito faraônico proporciona um breve exame da civilização do Egito na Antiguidade. Material de apoio ao professor 5 HISTÓRIA 6º ano − Ensino Fundamental Sites: • www.ampulhetta.org/textos/livro_mortos.pdf Este arquivo contém o “livro dos mortos” considerado um dos mais importantes da literatura do Egito Antigo. A fonte é apresentada e analisada por um grupo de estudantes de História da Universidade Católica Dom Bosco-MT como trabalho de final de curso e faz uma breve, mas contundente análise acerca da obra, da religião e sua relação com a sociedade egípcia, bem como possui uma sucinta discussão bibliográfica sobre o tema. • http://www.educopedia.com.br/Cadastros/Aula/Visualizar.aspx?pgn_id=189 Enciclopédia virtual criada pela secretaria de educação do município do Rio de Janeiro. Separado por ano escolar e bimestre. Neste link, o professor tem acesso direto ao conteúdo sobre Egito e Mesopotâmia do 6º ano do ensino fundamental. Artigos científicos: • www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042005000200010 Artigo publicado no periódico Tempo, em 2005, em que analisa o papel das mulheres na Mesopotâmia. • www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-77042007000200008&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt Neste artigo, o pesquisador Marcelo Rede analisa o processo de alienação das terras na antiga Mesopotâmia e discute a questão da terra e sua influência nas relações sociopolíticas. • www.historia.uff.br/revistaplethos/arquivos/numero1/liliane.pdf Neste artigo, a autora discute o processo de urbanização do antigo Egito e sua relação com o rio Nilo. • www.historiadigital.org Este site possibilita ao aluno o contato com o processo de mumificação egípcia através de um jogo no qual terá que escolher os itens certos para cada etapa do processo. • www.imagem.eti.br/atividades_educativas/egito_antigo_mesopotamia.html Este site consiste em um jogo de perguntas e respostas sobre o Egito Antigo. • www.youtube.com/watch?v=j1ZD-X1rcbE&feature=fvwrel Produção independente que mostra as principais cidades da Mesopotâmia. (aproximadamente: 7 min). • www.youtube.com/watch?v=FeE-X8viC2s&feature=fvwrel Neste link o aluno pode “passear” pelo Museu egípcio do Cairo (aproximadamente: 10 min). • www.brasilescola.com/historiag/egipcio.htm e www.brasilescola.com/historiag/mesopo tamia.htm Estas páginas da internet possuem breves resumos das civilizações da Antiguidade: Egito e Mesopotâmia. Nelas, encontram-se inúmeros links para páginas de assuntos mais específicos sobre os egípcios e mesopotâmios. Interessante para iniciar um processo de pesquisa escolar. Seção saber mais para nossos alunos
Colégio Estadual Geraque Collet História- 1001 Prof.ª Nilva Fratane Roteiro de ação: As diferenças entre os grupos sociais da Idade Média e suas relações. Duração prevista: 02 aulas (50 minutos cada). Área do conhecimento: História Medieval. Assunto: Explicação sobre os grupos sociais e suas diferenciações tendo em vista os conceitos de nobreza, trabalho livre e servidão, relação de suserania e vassalagem. Habilidades e competências: - Compreender a formação e diferenciação dos grupos sociais na Idade Média. Objetivo: - Compreender o processo de diferenciação entre os grupos sociais formados ao longo da construção da Idade Média. - Explicar e analisar através da imagem a cerimônia de vassalagem. 1ª aula: Trabalhando com iluminuras que representam cenas do cotidiano na Idade Média. 1- As imagens ilustram o cotidiano da sociedade feudal. Observe e responda às questões a seguir: a) Descreva as cenas e os grupos sociais representados em cada imagem. b) Quais as funções de cada um desses grupos na sociedade feudal? c) Sintetize as relações existentes entre os segmentos sociais representados nas imagens. 2- Leia o texto abaixo e responda as questões. “O medo do estrangeiro oprime novamente as populações. No entanto, a Europa soubera digerir e integrar os saqueadores normandos. Essas invasões tinham tornado menos claras as fronteiras entre o mundo pagão e a cristandade e estimulado o crescimento econômico. A Europa, então, terra juvenil, em plena expansão, estendeu-se aos quatro pontos cardeais, alimentando-se, com voracidade, das culturas exteriores. Uma situação muito diferente da de hoje, em que o Velho Continente se entrincheira contra a miséria do mundo para preservar suas riquezas.” DUBY, Georges. Ano 1000 anos 2000: na pista de nossos medos. São Paulo: Editora da UNESP, 1995.p. 50-51. Na Europa Ocidental, hoje vivem mais de 25 milhões de imigrantes, em geral provenientes de regiões afetadas por crises socioeconômicas e políticas, como Ásia, África, América Latina e o Leste Europeu. Muitos desses imigrantes se estabeleceram na Europa Ocidental. Uma parte foi lá atraída pela expansão econômica das décadas anteriores, e muitos outros em consequência de políticas governamentais de estímulo à imigração. No entanto, atualmente enfrenta o racismo, a xenobia, o desemprego, enfim impasses que desafiam a convivência entre os povos no continente. a) Retire do texto uma frase que comprove a crítica do autor ao comportamento do europeu diante dos atuais movimentos migratórios. b) Você conhece casos de hostilidades a estrangeiros no Brasil? E em relação aos próprios brasileiros pelo fato de terem nascido em estados diferentes? c) Faça uma pesquisa sobre as razões de europeus agirem de forma preconceituosa contra os imigrantes. Aponte algumas consequências tanto em âmbito nacional como internacional para os países empreendedores dessas políticas, das medidas anti-imigração e das ações agressivas contra a presença do estrangeiro, Após a pesquisa, será realizado um debate com os colegas de aula. d) Escolha um país europeu e pesquise sua atualidade econômica e social. 3-Após assistirem cenas do filme: Lancelot, o primeiro cavaleiro, faça a leitura do texto e responda as questões. “Aos 7 de abril, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi cumprido segundo as formas determinadas para prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: O conde perguntou ao futuro vassalo se queria tomar-se seu homem sem reserva, e este respondeu: _’Quero-o', depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo. Em segundo lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou a sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele jurou isto sobre as relíquias dos santos. “Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhe investidura (a posse simbólica do feudo), a todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento.” BRUGES, Gilberto de. História da morte de Carlos. O bom, conde de Flandres. In: FREITAS, Gustavo de, 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.p. 139-140. a) Descreva o que a imagem revela sobre a cerimônia de vassalagem e as relações entre o vassalo e o suserano. b) Após aprenderem sobre a sociedade medieval, e assistirem cenas do filme Lancelot, o primeiro cavaleiro, que valores da sociedade medieval estão presentes na cerimônia de homenagem? c) Explique sobre a importância das guerras nessa época para a manutenção desse sistema político e econômico. 4-Para debate: Os personagens centrais da tirinha do Hagar são vikings, povo que vivia na região da Escandinávia, no norte da Europa. Nos séculos VIII e IX, provavelmente pressionados pelo aumento populacional, os vikings invadiram pilhararam e ocuparam a costa norte da Europa. Leia a tirinha abaixo e responda as questões: 1º quadro: Não é justo. Sensível como sou nascer nessa época! 2º quadro: Só se ouvem guerras, mortes, crimes. 3º quadro: Não existe mais segurança dentro de casa! 4º quadro: Porque não nasci daqui há mil anos? a) Que personagem da tirinha nos remete à época medieval? b) Qual visão a tirinha nos passa da época Medieval? c) Identifique e comente os erros de anacronismo que aparecem na tirinha. “Acredite na sua capacidade de vencer seus desafios, bom trabalho, abraços da Prof.ª Nilva”.

Idade Média- 1º ano - Ensino Médio

Curso Formação Continuada de História História – 1ª série – 1° bimestre - campo conceitual 3 Título: Dialogando sobre o conceito de Idade Média Autor (es): Airan dos Santos Borges Erika Arantes Joanice de Souza Vigorito Jorwan Gama da Costa Junior Marina Vieira de Carvalho Nicole Régine Garcia Sérgio Fernandes Alois Schermann Verônica Moreira dos Santos Pires Desenvolvimento Instrucional: Marcelo Franco Lustosa História Medieval ►ROTEIRO DE AÇÃO: Dialogando sobre o conceito de Idade Média Habilidades e Competências: Discutir a noção de Idade Média Duração prevista: 02 aulas (50 minutos cada). Área do conhecimento: História Medieval Assunto: O conceito de Idade Média Objetivos:  Trabalhar a construção histórica do conceito de Idade Média;  Desconstruir a visão que articula a Idade Média às noções de um período atrasado em relação à nossa sociedade, ou a uma ‘Idade das Trevas’;  Identificar, nos hábitos cotidianos presentes no do dia a dia social e escolar, a permanência de traços culturais desenvolvidos durante o período medieval. Pré-requisitos: Ter realizado uma discussão sobre as diferentes temporalidades do processo histórico. Material Necessário: Cópias dos textos e das imagens ou data show (caso o cursista opte por projetar os textos e imagens). Organização da classe: Propomos que as atividades iniciais sejam realizadas coletivamente e as demais em grupos pequenos. Descritores Associados: H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço. COMENTÁRIO PARA O PROFESSOR Caro cursista, é muito provável que, ao introduzir os estudos sobre a História Medieval, você já tenha se deparado com questionamentos do tipo: “- Professor, por que eu preciso estudar a Idade Média?” Ou “O quê esse período da História da Europa tem a ver com minha vida hoje em pleno Brasil do século XXI?”. De fato, vencer a distância espaço-temporal que separa a nossa sociedade - e a realidade dos alunos - da História Medieval europeia consiste em um dos maiores desafios a serem vencidos em nossas aulas sobre o medievo. Pensando nisso, após uma breve explanação sobre a origem da noção de Idade Média, propomos, como ponto de partida para a reflexão, a análise comparativa entre imagens que representam aspectos presentes em nosso cotidiano e imagens que representam ações semelhantes durante a Idade Média. Para complementar a reflexão, propomos que as atividades sejam encerradas com a leitura e debate de trechos de um texto de Hilário Franco Júnior que problematiza a identificação de traços culturais desenvolvidos durante o período medieval em nossos hábitos cotidianos sociais e escolares. 1ª Aula: “O que a Idade Média tem a ver com o mundo de hoje”? Inicie a atividade explicando aos alunos que as próximas discussões discorrerão sobre as especificidades da Europa Ocidental entre os séculos V e XIV, no período denominado pelos eruditos do século XVI como Idade Média. Pergunte o que eles sabem sobre esse período e, a partir das colocações levantadas, comece a expor suas características principais. ENRIQUECIMENTO Sobre a construção do conceito de Idade Média, no livro “A Idade Média: o nascimento do Ocidente” (2006), Hilário Franco Júnior ressalta que se em uma conversa com homens medievais utilizássemos a expressão “Idade Média”, eles não teriam ideia do que estava sendo dito. Segundo o autor, “(...) Como todos os homens de todos os períodos históricos, eles viam-se na época contemporânea. De fato, falarmos em Idade Antiga ou Idade Média representa uma rotulação a posteriori, uma satisfação da necessidade de se dar nome aos momentos passados. No caso do que chamamos de Idade Média, foi o século XVI que elaborou tal conceito. Ou melhor, tal preconceito, pois o termo expressava um desprezo indisfarçado em relação aos séculos localizados entre a Antiguidade Clássica e o próprio século XVI. Este se via como o renascimento da civilização greco-latina e, portanto, tudo que estivera entre aqueles picos de criatividade artístico-latina (de seu próprio ponto de vista, é claro) não passara de um hiato, de um intervalo. Logo, de um tempo intermediário, de uma Idade Média”. (JUNIOR, H. 2006, p. 11) Para esse momento, propomos que a discussão seja norteada por dois conjuntos temáticos: (a) ações cotidianas e (b) estudo e trabalho. Cada conjunto será constituído por uma imagem atual, uma imagem de época e uma seleção do texto de Hilário Franco Júnior intitulado Ecos do Passado, publicado na Revista de História da Biblioteca Nacional em junho de 2008, somados de algumas questões que deverão nortear o debate coletivo. Esse debate poderá ser iniciado com uma leitura interpretativa das imagens propostas e seguida pela leitura do texto. O objetivo de utilizar trechos do texto combinado com as imagens é demonstrar que, embora muita gente não se dê conta, nosso próprio cotidiano está impregnado de hábitos, costumes e objetos que vêm de muito mais longe do que se pode imaginar, a saber, da cultura medieval. Atividade nº1: “Comparando ações cotidianas: mudanças e permanências” 1ª Etapa: Inicie a aula, pedindo aos estudantes que observem as imagens abaixo: a) Imagem 1: Feira atual. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Market_of_Bali_ID.jpg b) Imagem 2: Comércio Medieval. Imagem disponível no site: http://www.alpheratz.org/index2.php?page=medcot, acessado em 02/12/2012, às 00: 46h. 2ª Etapa: Após a exibição das imagens, promova o seguinte debate: - Qual é o tema das imagens? Resposta Comentada: Mercados ou Feiras livres. - Quais diferenças você percebe entre o movimento no mercado medieval representado e a feira? O que vocês perceberam que mais mudou? Resposta Comentada: Os alunos deverão atentar para a disposição das construções e dos grupos sociais representados (religiosos, camponeses, nobres) e realizar uma aproximação analítica com nossas feiras livres, em relação aos materiais vendidos, à disposição das barracas e às pessoas que circulam pelos espaços. - Que tipo de produto está sendo vendido no mercado medieval? São semelhantes aos produtos vendidos em nossas feiras livres? Resposta Comentada: Os alunos poderão mencionar tecidos, ovelhas e bois vivos e cereais vendidos a varejo (Professor, agora seria um excelente momento para revisar as características da economia medieval e suas diferenças em relação à nossa economia atual). 3ª Etapa: Leitura e debate do texto: Cursista, depois das reflexões geradas com a interpretação das imagens, temos como objetivo observar os hábitos e costumes da cultura medieval que ecoam em nossa sociedade atual de modo prático. Nosso ponto de partida será o texto de Hilário Franco Júnior, Ecos do Passado. Para esse momento você pode dividir a turma em grupos ou realizar a atividade coletivamente. 1º) Distribua cópias do texto (nós sugerimos um trecho que tem como eixo temático os hábitos cotidianos, caso queira consultar o texto na íntegra, indicamos o seguinte link de acesso: http://www.revistadehistoria.com.br/secao/educacao/ecos-do-passado): “Pensemos num dia comum de uma pessoa comum. Tudo começa com algumas invenções medievais: ela põe sua roupa de baixo (que os romanos conheciam, mas não usavam), veste calças compridas (antes, gregos e romanos usavam túnica, peça inteiriça, longa, que cobria todo o corpo), passa um cinto fechado com fivela (antes ele era amarrado). A seguir, põe uma camisa e faz um gesto simples, automático, tocando pequenos objetos que também relembram a Idade Média, quando foram inventados, por volta de 1204: os botões. Então ela põe os óculos (criados em torno de 1285, provavelmente na Itália) e vai verificar sua aparência num espelho de vidro (concepção do século XIII). Por fim, antes de sair olha para fora através da janela de vidro (outra invenção medieval, de fins do século XIV) para ver como está o tempo”. (JUNIOR, H. 2008, p. 1) 2º) Escreva no quadro as seguintes questões e discuta com a turma:  Qual é o tema do texto? Quais ações são descritas? Resposta Comentada: Os alunos deverão atentar que se trata de uma descrição do ato de vestir-se e observar o tempo, prática comum que realizamos todos os dias.  No texto há menções das datas nas quais foram desenvolvidas inovações simples, mas que alteraram profundamente as nossas práticas de nos vestir. A partir dessa reflexão inicial, podemos considerar a Idade Média como um período de atraso em relação à nossa sociedade atual? Resposta Comentada: Aqui, poderá ser discutida a importância de pequenos inventos que podem facilitar a vida no dia a dia e não apenas as grandes inovações tecnológicas.  Você conseguiria imaginar a vida sem essas ações? Resposta Comentada: O foco dessa última questão consiste em compreender que mesmo as pequenas invenções rotineiras foram pensadas em resposta às necessidades dos indivíduos. Nesse sentido, em lugar de ‘atraso’ ou ‘genialidade’, o que está em cena é a possibilidade inventiva de cada sociedade (em seu devido tempo e lugar) e, no caso da nossa cultura Ocidental, a observação das permanências do que chamamos de “inovações medievais”. 2ª Aula - Continuação Nesta aula, daremos continuidade à atividade da aula anterior. Como “gatilho inicial”, pergunte à turma o que eles se recordam da aula passada e quais elementos oriundos da cultura medieval foram vistos. A atividade seguinte seguirá os mesmos parâmetros da anterior, enfocando os seguintes eixos temáticos: estudo e trabalho. Atividade nº 2: “Formas de Estudar e Trabalhar: mudanças e permanências” 1ª Etapa: Inicie a atividade pedindo aos estudantes que observem as imagens abaixo: a) Imagem 1: fotografia de uma sala de aula atual. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Aula_burjassot.jpg?uselang=pt-br b) Imagem 2: manuscrito medieval, mostrando uma reunião de doutores na Universidade de Paris. Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:Meeting_of_doctors_at_the_university_of_Paris.jpg 2ª etapa: Após a exibição da imagem, promova o seguinte debate: - Qual é o tema das imagens? Resposta Comentada: Práticas de estudo e trabalho. - Em relação às Universidades atuais, o que vocês percebem que mais mudou ao compararmos com a imagem da Universidade de Paris? Resposta Comentada: Os estudantes poderão atentar para a disposição das construções e para a diferença entre a disposição dos alunos e professores nas duas imagens, além da forma de vestir. - Como estão representados professores e alunos? Em relação à vestimenta, há diferenças entre ambos? Resposta Comentada: Há diferenças tanto no vestir quanto na disposição das cadeiras nas aulas. Na imagem ‘medieval’, a diferenciação se dá entre professores e professores, pois se trata de uma “reunião de doutores”. Nesse caso, pode-se relacionar a diferença entre os professores, que se dá tanto pela roupa distinta, quanto pela posição de destaque que eles assumem na cena. Aqui seriam professores submetidos aos seus “superiores”? Essa seria uma interpretação possível. 3ª Etapa: Leitura e debate do texto: Cursista, continuaremos com o mesmo texto da atividade passada, contudo, nos debruçaremos sobre o eixo temático “educação e trabalho”. 1º) Distribua cópias do seguinte trecho do texto: Texto: “(...) Para começar a trabalhar, a pessoa possivelmente abrirá um livro para procurar alguma informação, e assim homenageará de novo a Idade Média, época em que surgiu a ideia de substituir o incômodo rolo no qual os romanos escreviam. Com este, quando se queria localizar certa passagem do texto, era preciso desenrolar metros de folhas coladas umas nas outras. Além disso, o rolo desperdiçava material e espaço, pois nele se escrevia apenas de um lado das folhas. O formato bem mais interessante do livro ficou ainda melhor com a invenção da imprensa, em meados do século XV, que permitiu multiplicar os exemplares e assim barateá-los. Tendo encontrado o que queria, a pessoa talvez pegue uma folha em branco para anotar e, outra vez, faz isso graças aos medievais. Deles recebemos o papel, inventado anteriormente na China, mas popularizado na Europa a partir do século XII. Mesmo ao passar suas ideias para o computador, a pessoa não abandona a herança medieval. O formato das letras que ali aparecem, assim como em jornais, revistas, livros e na nossa caligrafia, foi criado por monges da época de Carlos Magno”. (JUNIOR, H. 2008, p. 2) 2º) Escreva no quadro as seguintes questões e discuta com a turma:  Qual é o tema do texto? Quais ações são descritas? Resposta Comentada: Os alunos deverão atentar que se trata de uma descrição de um dia de estudo e das complicações a respeito dos suportes utilizados para o armazenamento de informações.  Como a invenção da Imprensa modificou as formas de armazenamento e transporte das informações? Resposta Comentada: A invenção da imprensa permitiu que os livros, que já haviam substituído os rolos ‘romanos’, fossem reproduzidos em larga escala e tivessem seu custo consideravelmente reduzido. Atividade nº3: Avaliação: Usos e abusos do conceito de Idade Média Esta terceira atividade consiste em uma proposta de avaliação para a turma. A partir da pergunta ‘Como o conceito de Idade Média é usado em nosso dia a dia?’, os alunos deverão fazer uma pesquisa em sites, revistas e/ou livros sobre os usos do conceito em nosso cotidiano. Como forma de exemplificação da proposta, apresente a charge abaixo: Como demonstrado, o chargista faz uma sátira sobre a influência de segmentos religiosos na política brasileira e, para tanto, busca uma aproximação com o contexto do medievo e a atuação sócio-política da Igreja Católica. Nesse sentido, o autor do desenho apropria-se do conceito de Idade Média como o período definido como “idade da fé”, no qual a Igreja estava coercitiva e obrigatoriamente presente na vida das pessoas. Seguindo esse exemplo, os alunos deverão buscar outras formas de apropriação e realizar uma análise semelhante, usando como ponto de partida a mesma questão: ‘Como o conceito de Idade Média é usado em nosso dia-a-dia?’ e problematizando os usos do termo. O resultado dos trabalhos pode ser apresentado à turma de forma resumida e poderá ser feito em grupo como um “para casa”. Se optar pela a realização em casa, escreva no quadro o comando da atividade.

O coronelismo

Colégio Estadual Geraque Collet História- 2001- Segundo Bimestre de 2013- Profª: Nilva O coronelismo O Brasil republicano teve início marcado por características bem singulares. A monarquia foi derrubada por militares e logo se constituiu o que ficou conhecido como República da Espada, com os marechais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto. Em seguida deu-se início o longo período de presidentes civis que se estenderia até 1930 conhecido como República Velha. Nesta fase da república brasileira a realidade esteve muito marcada por laços entre as elites dominantes que governaram o país de acordo com seus interesses por muito tempo. A política da República Velha foi completamente dominada e manipulada por estruturados métodos oligárquicos que garantiam a manutenção dos interesses. Ferramentas de manipulação como a Política dos Governadores, o Coronelismo e o Voto de Cabresto constituíam a grande estrutura de poder das elites conhecida como Política do Café com Leite. Apesar de o termo Coronelismo ter se marcado com uma identificação muito grande com o período da República Velha no Brasil, sua origem remete a outra época e situação política no país. Quando o regime político ainda era monárquico foi criada a Guarda Nacional por ocasião da deposição do então Imperador Dom Pedro I, em abril de 1831. Surgia então o coronelismo institucional, uma vez que os postos militares foram colocados à venda pelo governo da regência entre 1831 e 1842, o que permitiu que os proprietários de terra e os providos de recursos necessários comprassem os títulos de tenente, capitão, major, tenente-coronel e o mais importante de todos, coronel da Guarda Nacional. No decorrer do período republicano o termo Coronelismo permaneceu existente, mas com uma representatividade mais presente no dia a dia do povo brasileiro e principalmente com maiores poderes. Nessa época, eram chamados de coronéis os grandes latifundiários, eventualmente também alguns comerciantes, que desfrutavam de um grande poder sobre trabalhadores carentes e analfabetos, o que na prática constituía grande parte da população brasileira. Com a capacidade de exercer grande comando sobre os trabalhadores de suas terras, os coronéis formavam regimes e tributos em suas regiões, estabelecendo impostos cobrados sobre a população. Era também a partir de tal meio de controle que se formavam os traços pelos quais se desenhava toda a realidade da política nacional. Os coronéis, em acordo com os governadores, determinavam em quem seus comandados iriam votar. Como naquela época o voto não era secreto os trabalhadores tinham medo de desobedecer as ordens dos coronéis com receio de sofrerem punições físicas ou perderem suas fontes de sobrevivência, era o chamado Voto de Cabresto. Desta forma se dava a exclusão política e o controle dos espaços de representação da sociedade, período marcado por práticas autoritárias e violentas. Por causa dos serviços que os coronéis prestavam ao Poder Executivo nacional ganhavam prestígio e mais poder, uma vez que a ação dos mesmos foi fundamental para que a manutenção do regime oligárquico e consecutivamente dos interesses das elites fossem mantidos. O Coronelismo marcou a cultura política brasileira na República Velha incisivamente, só começou a perder suas forças a partir da década de 1920 com a modernização dos espaços e a ascensão de novos grupos sociais. O processo de migração para as cidades começou a se intensificar também, as pessoas se deslocavam para os centros urbanos onde tinham contato com mais informações, educação e os avanços da comunicação. Mesmo assim, o Coronelismo permaneceu existente até meados da década de 1960. No inicio do período republicano no Brasil (final do século XIX e começo do XX), vigorou um sistema conhecido popularmente como coronelismo. Este nome foi dado, pois a política era controlada e comandada pelos coronéis (ricos fazendeiros). Características do coronelismo: - Voto de Cabresto: na República Velha, o sistema eleitoral era muito frágil e fácil de ser manipulado. Os coronéis compravam votos para seus candidatos ou trocavam votos por bens matérias (pares de sapatos, óculos, alimentos, etc.). Como o voto era aberto, os coronéis mandavam capangas para os locais de votação, com objetivo de intimidar os eleitores e ganhar votos. As regiões controladas politicamente pelos coronéis eram conhecidas como currais eleitorais. - Fraude eleitoral: os coronéis costumam alterar votos, sumir com urnas e até mesmo patrocinavam a prática do voto fantasma. Este último consistia na falsificação de documentos para que pessoas pudessem votar várias vezes ou até mesmo utilizar o nome de falecidos nas votações. - Política do café-com-leite: no começo do século XX, os estados de São Paulo e Minas Gerais eram os mais ricos da nação. Enquanto o primeiro lucrava muito com a produção e exportação de café, o segundo gerava riqueza com a produção de leite e derivados. Os políticos destes estados faziam acordos para perpetuarem-se no poder central. Muitos presidentes da República, neste período, foram paulistas e mineiros. - Política dos Governadores: os governadores dos estados e o presidente da República faziam acordos políticos, na base da troca de favores, para governarem de forma tranqüila. Os governadores não faziam oposição ao governo central e ganhavam, em troca deste apoio, liberação de verbas federais. Esta prática foi criada pelo presidente Campos Sales (1898-1902) e fortaleceu o poder dos coronéis em seus estados. Fim do coronelismo Com a Revolução de 1930 e a chegada de Getúlio Vargas à presidência da República, o coronelismo perdeu força e deixou de existir em várias regiões do Brasil. Apesar disso, algumas práticas do coronelismo, como, por exemplo, a compra de votos e fraudes eleitorais continuou existindo, por muito tempo, em algumas regiões.

Reforma Protestante

Martinho Lutero foi o líder deste movimento que deu início a diversos rompimentos com a Igreja Católica. Durante a passagem do mundo medieval para a Idade Moderna, o conjunto de transformações nas relações de poder é de importante destaque para a compreensão das chamadas Reformas Protestantes. Ou seja, as Reformas Protestantes podem ser interpretadas como uma expressão das contradições da passagem do feudalismo para o capitalismo. Em toda Idade Média, o grau de intervenção da Igreja era de grande abrangência. O grande número de terras em posse da Igreja concedia uma forte influência sobre as questões políticas e econômicas das monarquias e reinos da época. Além disso, as novas atividades vinculadas à burguesia, principalmente no que se refere à prática da usura (cobrança de juros sobre empréstimo), eram consideradas de natureza pecaminosa. Sob outro aspecto, a grande prosperidade material da Igreja veio acompanhada de uma verdadeira crise de valores e princípios. O comércio de relíquias sagradas, a venda de títulos eclesiásticos e indulgências eram algumas das negociatas praticadas pelos representantes do clero. Além disso, várias denúncias sobre a quebra do celibato e a existência de prostíbulos para clérigos questionavam a hegemonia da Igreja. No Renascimento, as críticas à Igreja se manifestavam em diversos meios. As obras de Erasmo de Roterdã, Thomas Morus, John Wyclif e João Huss continham severas críticas aos problemas anteriormente apontados. Dessa forma, a transformações que se seguiam na Idade Moderna trouxeram à tona a criação de instituições religiosas com uma diferente base doutrinária cristã. Entre essas novas instituições podemos destacar o Luteranismo, o Calvinismo e o Anglicanismo como exemplos das novas religiões protestantes surgidas no século XVI. Por Rainer Sousa Graduado em História Equipe Brasil Escola

quinta-feira, 28 de março de 2013

Roteiro de Trabalho sobre a Época Feudal

Colégio Estadual Geraque Collet Roteiro de Trabalho sobre a Época Medieval Turma: 1001- História Profª Nilva F. H. Figueira Roteiro de ação: As diferenças entre os grupos sociais da Idade Média e suas relações. Duração prevista: 02 aulas (50 minutos cada). Área do conhecimento: História Medieval. Assunto: Explicação sobre os grupos sociais e suas diferenciações tendo em vista os conceitos de nobreza, trabalho livre e servidão, relação de suserania e vassalagem. Habilidades e competências: - Compreender a formação e diferenciação dos grupos sociais na Idade Média. Objetivo: - Compreender o processo de diferenciação entre os grupos sociais formados ao longo da construção da Idade Média. - Explicar e analisar através da imagem a cerimônia de vassalagem. 1ª aula: Trabalhando com iluminuras que representam cenas do cotidiano na Idade Média. 1- As imagens ilustram o cotidiano da sociedade feudal. Observe e responda às questões a seguir: a) Descreva as cenas e os grupos sociais representados em cada imagem. b) Quais as funções de cada um desses grupos na sociedade feudal? c) Sintetize as relações existentes entre os segmentos sociais representados nas imagens. 2- Leia o texto abaixo e responda as questões. “O medo do estrangeiro oprime novamente as populações. No entanto, a Europa soubera digerir e integrar os saqueadores normandos. Essas invasões tinham tornado menos claras as fronteiras entre o mundo pagão e a cristandade e estimulado o crescimento econômico. A Europa, então, terra juvenil, em plena expansão, estendeu-se aos quatro pontos cardeais, alimentando-se, com voracidade, das culturas exteriores. Uma situação muito diferente da de hoje, em que o Velho Continente se entrincheira contra a miséria do mundo para preservar suas riquezas.” DUBY, Georges. Ano 1000 anos 2000: na pista de nossos medos. São Paulo: Editora da UNESP, 1995.p. 50-51. Na Europa Ocidental, hoje vivem mais de 25 milhões de imigrantes, em geral provenientes de regiões afetadas por crises socioeconômicas e políticas, como Ásia, África, América Latina e o Leste Europeu. Muitos desses imigrantes se estabeleceram na Europa Ocidental. Uma parte foi lá atraída pela expansão econômica das décadas anteriores, e muitos outros em conseqüência de políticas governamentais de estímulo à imigração. No entanto, atualmente enfrenta o racismo, a xenobia, o desemprego, enfim impasses que desafiam a convivência entre os povos no continente. a) Retire do texto uma frase que comprove a crítica do autor ao comportamento do europeu diante dos atuais movimentos migratórios. b) Você conhece casos de hostilidades a estrangeiros no Brasil? E em relação aos próprios brasileiros pelo fato de terem nascido em estados diferentes? c) Faça uma pesquisa sobre as razões de europeus agirem de forma preconceituosa contra os imigrantes. Aponte algumas conseqüências tanto em âmbito nacional como internacional para os países empreendedores dessas políticas, das medidas anti-imigração e das ações agressivas contra a presença do estrangeiro, Após a pesquisa, será realizado um debate com os colegas de aula. d) Escolha um país europeu e pesquise sua atualidade econômica e social. 3-Após assistirem cenas do filme: Lancelot, o primeiro cavaleiro, faça a leitura do texto e responda as questões. “Aos 7 de abri, quinta-feira, foram prestadas as homenagens ao conde; o que foi cumprido segundo as formas determinadas para prestação de fé e de fidelidade, segundo a ordem seguinte. Em primeiro lugar, eles fizeram homenagem assim: O conde perguntou ao futuro vassalo se queria tomar-se seu homem sem reserva, e este respondeu: _’Quero-o’,_depois, com as mãos apertadas entre as do conde, aliaram-se por um beijo. Em segundo lugar, aquele que tinha feito homenagem empenhou a sua fé (...) e, em terceiro lugar, ele jurou isto sobre as relíquias dos santos. “Em seguida, com a vara que tinha na mão, o conde deu-lhe investidura (a posse simbólica do feudo), a todos que acabavam de prestar-lhe homenagem, de prometer-lhe fidelidade e de prestar-lhe juramento.” BRUGES, Gilberto de. História da morte de Carlos. O bom, conde de Flandres. In: FREITAS, Gustavo de, 900 textos e documentos de História. Lisboa: Plátano, 1977.p. 139-140. a) Descreva o que a imagem revela sobre a cerimônia de vassalagem e as relações entre o vassalo e o suserano. b) Após aprenderem sobre a sociedade medieval, e assistirem cenas do fime Lancelot, o primeiro cavaleiro, que valores da sociedade medieval estão presentes na cerimônia de homenagem? c) Explique sobre a importância das guerras nessa época para a manutenção desse sistema político e econômico. 4-Para debate: Os personagens centrais da tirinha do Hagar são vikings, povo que vivia na região da Escandinávia, no norte da Europa. Nos séculos VIII e IX, provavelmente pressionados pelo aumento populacional, os vikings invadiram pilhararam e ocuparam a costa norte da Europa. Leia a tirinha abaixo e responda as questões: a) Que personagem da tirinha nos remete à época medieval? b) Qual visão a tirinha nos passa da época Medieval? c) Identifique e comente os erros de anacronismo que aparecem na tirinha. “Acredite na sua capacidade de vencer seus desafios, bom trabalho, abraços da Profª Nilva”.

imagens para serem trabalhadas sobre a sociedade feudal